terça-feira, agosto 25, 2009

Rumo ao Sul

Sem medos de gripes e coisas que tais lá vou eu rumar ao Sul, ao Algarve, como todo e qualquer ser humano normal faz nesta quadra (as férias de Verão vêm a ser uma quadra, não?!). Apesar de não ser gajo de praia já estou um bocado farto desta cor de nórdico não acompanhada pela respectiva altura e cor de olhos! Para não falar de me incomodar ouvir a mãe dizer até a exaustão que tenho uma má cor. Prometo, portanto, trabalhar um pouco para o bronze, mas não prometo muito...

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segunda-feira, agosto 17, 2009

A filosofia de House


Segundo esse meu colega ficcional as coisas são assim "be good, get good or give up". Como eu gostava que fosse tão simples, que existissem mesmo as 3 hipóteses. A mim parece-me que a última, infelizmente, não está ao nosso dispor e que vivemos, dolorosamente, na segunda com maior ou menor consciência de que a primeira é inatingível!

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domingo, agosto 16, 2009

Sem espinhas: 17,44m




Este rapaz está com uma pujança que impressiona. Apuramento para a final do triplo com 17.44m à primeira. Se tudo correr bem temos medalha em breve. E pensar que eramos um país de fundistas e meio-fundistas ....

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sábado, agosto 01, 2009

A cidade e as gentes

Cada vez mais tenho a certeza que, por mais impressionantes que sejam os locais e as paisagens, são as pessoas e as circunstâncias que as torna especiais (ou não!) .
A quase 24 horas de distância da última golfada de ar parisiense começo a olhar para os 2 meses passados e são diversos os pensamentos que me atravessam o espírito.
Paris é, sem dúvida, uma cidade brutal. Monumental, grande, grandiosa! Vi algumas das coisas esteticamente mais interessantes da minha vida. Mas nestes tempos que começam a ser de balanço, é das gentes - mais do que da cidade - que me apetece falar. Em Paris, as pessoas, na minha opinião, estragam a cidade. Em conversa com um norte-americano que vive lá há 5 anos, ambos concordamos que, as gentes tiram a Paris, pelo menos, metade do seu charme potencial. Uma parte das pessoas é antipática, a maioria é ostensivamente indiferente e o resto, quase sempre, é de uma simpatia forçada e politicamente correcta que incomoda tanto ou mais que as outras duas posturas descritas.
Na capital francesa consegue-se uma mistura explosiva entre os tiques tipicos das cidades que não dependem da têmpera das gentes para prosperarem (têm sucesso garantido à custa da cidade em si) e um franco-francofonismo autista como eu nunca pude imaginar ser possível. Os franceses estão tão convencidos da sua importância no mundo (coisa que nem me custa nada conceder-lhes) e de uma suposta supremacia cultural e civilizacional que ficam cegos e surdos para todo e qualquer contributo que possa vir de fora. Sim, não se iludam com o suposto multiculuralismo e o ar cosmopolita superficial da grande cidade que isso é, a meu ver, muito mais fruto de uma imposição exterior e de uma espécie de rendição por cansaço ou constatação da inveitabilidade do que propriamente de abertura e interesse por outras culturas. Falo claro, do francês "médio" ao qual tive acesso e não de elites mais ou menos numerosas que existem em qualquer parte do mundo.
De facto Paris, cidade-luz e a todos os níveis majestosa, acaba por perder com os vícios da sociedade que lhe dá vida. Fica aquem da cosmopolita Londres, não tem a movida de Barcelona nem se respira a classe que se sente, por exemplo, em Viena, para citar algumas das cidades que visitei recentemente.
Por tudo isto, e por muito mais que fica por dizer, vejo subir a convicção que são as gentes que fazem a diferença.
Para mim foi a falta das gentes que ficaram pelo Porto, foi a enorme luta para que as gentes no trabalho notassem a minha presença física (já para não falar na intelectual) e o convívio com as gentes anónimas de Paris que fizeram a diferença, para pior, na capital francesa. Mesmo assim só posso aconselhar a visitarem, vale muito a pena! Quanto a viverem lá, já teríamos que ter outra conversa.
Palavra final para as gentes que conheci na Maison du Portugal. Foi óptimo tê-los conhecido. Parti com a clara sensação de que poderiamos ter construído amizades muito interessantes se tivessemos tido mais tempo. De qualquer forma, sei que se semeou qualquer coisa de frutífero nestes 2 meses mal medidos de convívio. Para além disso, a vida não acaba em Paris e o Mundo, como tivemos várias hipóteses de constatar, é um lugar mesmo muito pequeno...

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