domingo, setembro 06, 2009

Inglorious Bastard: a reconciliação


Hoje deu-se a minha reconciliação com o cinema e em particular com Hollywood! Tarentino tem aqui um produto de massas (é óptimo ser-se parte de uma qualquer massa) genial.
Imperdível. De uma forma que, penso, só Tarentino conseguiria prova, ao fim, que numa guerra não há bons nem maus, pelo menos, não absolutos. Na guerra ... há guerra. Que não haja!

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terça-feira, agosto 25, 2009

Rumo ao Sul

Sem medos de gripes e coisas que tais lá vou eu rumar ao Sul, ao Algarve, como todo e qualquer ser humano normal faz nesta quadra (as férias de Verão vêm a ser uma quadra, não?!). Apesar de não ser gajo de praia já estou um bocado farto desta cor de nórdico não acompanhada pela respectiva altura e cor de olhos! Para não falar de me incomodar ouvir a mãe dizer até a exaustão que tenho uma má cor. Prometo, portanto, trabalhar um pouco para o bronze, mas não prometo muito...

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segunda-feira, agosto 17, 2009

A filosofia de House


Segundo esse meu colega ficcional as coisas são assim "be good, get good or give up". Como eu gostava que fosse tão simples, que existissem mesmo as 3 hipóteses. A mim parece-me que a última, infelizmente, não está ao nosso dispor e que vivemos, dolorosamente, na segunda com maior ou menor consciência de que a primeira é inatingível!

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domingo, agosto 16, 2009

Sem espinhas: 17,44m




Este rapaz está com uma pujança que impressiona. Apuramento para a final do triplo com 17.44m à primeira. Se tudo correr bem temos medalha em breve. E pensar que eramos um país de fundistas e meio-fundistas ....

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sábado, agosto 01, 2009

A cidade e as gentes

Cada vez mais tenho a certeza que, por mais impressionantes que sejam os locais e as paisagens, são as pessoas e as circunstâncias que as torna especiais (ou não!) .
A quase 24 horas de distância da última golfada de ar parisiense começo a olhar para os 2 meses passados e são diversos os pensamentos que me atravessam o espírito.
Paris é, sem dúvida, uma cidade brutal. Monumental, grande, grandiosa! Vi algumas das coisas esteticamente mais interessantes da minha vida. Mas nestes tempos que começam a ser de balanço, é das gentes - mais do que da cidade - que me apetece falar. Em Paris, as pessoas, na minha opinião, estragam a cidade. Em conversa com um norte-americano que vive lá há 5 anos, ambos concordamos que, as gentes tiram a Paris, pelo menos, metade do seu charme potencial. Uma parte das pessoas é antipática, a maioria é ostensivamente indiferente e o resto, quase sempre, é de uma simpatia forçada e politicamente correcta que incomoda tanto ou mais que as outras duas posturas descritas.
Na capital francesa consegue-se uma mistura explosiva entre os tiques tipicos das cidades que não dependem da têmpera das gentes para prosperarem (têm sucesso garantido à custa da cidade em si) e um franco-francofonismo autista como eu nunca pude imaginar ser possível. Os franceses estão tão convencidos da sua importância no mundo (coisa que nem me custa nada conceder-lhes) e de uma suposta supremacia cultural e civilizacional que ficam cegos e surdos para todo e qualquer contributo que possa vir de fora. Sim, não se iludam com o suposto multiculuralismo e o ar cosmopolita superficial da grande cidade que isso é, a meu ver, muito mais fruto de uma imposição exterior e de uma espécie de rendição por cansaço ou constatação da inveitabilidade do que propriamente de abertura e interesse por outras culturas. Falo claro, do francês "médio" ao qual tive acesso e não de elites mais ou menos numerosas que existem em qualquer parte do mundo.
De facto Paris, cidade-luz e a todos os níveis majestosa, acaba por perder com os vícios da sociedade que lhe dá vida. Fica aquem da cosmopolita Londres, não tem a movida de Barcelona nem se respira a classe que se sente, por exemplo, em Viena, para citar algumas das cidades que visitei recentemente.
Por tudo isto, e por muito mais que fica por dizer, vejo subir a convicção que são as gentes que fazem a diferença.
Para mim foi a falta das gentes que ficaram pelo Porto, foi a enorme luta para que as gentes no trabalho notassem a minha presença física (já para não falar na intelectual) e o convívio com as gentes anónimas de Paris que fizeram a diferença, para pior, na capital francesa. Mesmo assim só posso aconselhar a visitarem, vale muito a pena! Quanto a viverem lá, já teríamos que ter outra conversa.
Palavra final para as gentes que conheci na Maison du Portugal. Foi óptimo tê-los conhecido. Parti com a clara sensação de que poderiamos ter construído amizades muito interessantes se tivessemos tido mais tempo. De qualquer forma, sei que se semeou qualquer coisa de frutífero nestes 2 meses mal medidos de convívio. Para além disso, a vida não acaba em Paris e o Mundo, como tivemos várias hipóteses de constatar, é um lugar mesmo muito pequeno...

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domingo, julho 26, 2009

Tanto por dizer ...

Tanto por dizer ... e tão pouco tempo! Quando decidi retomar este meu velho amigo, prometi a mim mesmo que, jamais, deixaria que ele se tornasse, outra vez, numa quase obrigação. Tenho me mantido fiel a essa minha decisão ainda que, não raras vezes, tenha tido imensa vontade de escrever. A essa pulsão tem se oposto a maldita limitação das 24 horas que um dia tem e o cansaço inerente a esta vida dupla de vulgar trabalhador e turista!
Mas nunca é tarde e, assim, ficam algumas pinceladas do que tem sido a tela destes últimos dias:

14 de Julho 2009 - A ferro e fogo
Feriado nacional em França. Comemoração da queda da Bastilha e celebração do orgulho nacional gaules (que tanto me tem dado que
pensar: a seu tempo...). D
ia para pic-nic com os amigos da Maison du Portugal no Champs de Mars, mesmo em frente à Tour Eiffel, para se poder assitirao fogo de artifício que, este ano, também evocava os 120 anos da atracção turística mais famosa do burgo. E lá fomos nós, munidos de sandes, para um mar de gente. Antes do fogo, espaço para o concerto do estranho fenómeno Johnny
Hallyday que parece entusiasmar os franceses de uma forma, para muitos, incompreensível. Digamos que é uma espécie de cruzamento entre Tony Carreira e Marco Paulo. E mais não digo. O fogo, por seu turno, foi magnífico - ainda que quase que tenhamos ficado a ver as folhas das arvo
res em vez do fogo, acidentes de percurso ... Já não fazia um pic-nic há algum tempo e, soube muito bem, especialmente neste contexto e acompanhado dos novos amigos de Paris.

23 de Julho de 2009 - É como ir a Roma e não ver o Papa
É isso que se pode dizer de quem vem a Paris e não sobe à Tour
Eiffel! A menos de duas semanas da pa
rtida quase que sentia uma dupla guilhotina do tempo (cronológico e atmosférico) sobre a minha visita à cidade-luz. Ad
iado várias vezes e por circunstâncias diversas, o sonho de qualquer turista nesta cidade tinha que ser cumprido. Assim, naquela quinta-feira resolvi que tinha que ser. Aproveitando um período de céu limpo, num dia que já tinha dado céus para todos os gostos, saí do hospital e lá fiz as - não sei quantas - estações de metro até ao ex libris parisiense. Será que vocês conhecem alguém com azar suficiente para apanhar uma tempestade em plena torre? Claro que sim: sou eu! De facto, estava eu todo contente de máquina fotográfica ao alto no segundo andar da torre quando as nuvens, que já há algum tempo via aproximar-se, descambaram em chuva abundante, relâmpagos e trovões. O cãos entre os visitantes! Alguns (bons 15) minutos depois, a coisa começou a acalmar e eu, qual golpista, armo de ir para fila que dava acesso ao derradeiro patamar da estrutura metálica, antes que aquele povo todo voltasse a alinhar-se fazendo a subida menos atraente de tão demorada. Com isto tudo ganhei uma série de fotos interessantes de arco-íris a uma altura pouco habitual. Peripécias à parte, a subida é uma
experiência única! Jamais, em tempo algum, sonhem em vir a Paris e não subir à torre. Faltam adjectivos para classificar a vista e a sensação da derradeira
subida é, ousando adjectivar, avassaladora: no fim, sentia-me no topo do mundo!

25 de Julho de 2009 - A Paris do século XX
Ontem foi dia de conhcer uma das zonas mais modernas da capital francesa: La Defense. O aglomerado de edifícios já por diversas vezes avistado dos outros miradouros da cidade impressiona mais ao longe do que ao perto. A área resulta bem como todo, mas individualmente os edifícios deixam muito a ideia - e sai francesismo - de déjà vu. Apesar de qualquer consideração estética que se possa fazer, a vista do Grande Arch é fenomenal e o, bem conseguido, paralelismo entre este arco e o Arc de Triomphe enquanto a esplanada se estende até ao Sena fazem o
conjunto valer bem a visita. Não posso deixar de aludir à presença de Mário Soares no Grand Arch. Não em pessoa, é certo, mas no filme que narra a construção do monumento e em que a visita às obras do, então, Presidente da República Portuguesa tem um destaque
, digamos, inusitado.

26 de Julho de 2009 - Da beleza natural de Vincennes ao mamarracho de Montparnasse
Começa-se a sentir no ar o cheiro a fim.
Restam poucos dias e, ainda que numa cidade como esta haja sempre coisas por ver, todos os objectivos que tinha traçado estão alcançados. O Chateaux de Vincennes e o bosque nas suas imediações era um dos últimos destinos. O complexo palacial preferido dos monarcas franceses antes da construção de Versailles, tem pouco que ver com o resto edificado parisiense. É muito mais medieval e tem um encanto diferente. O parque, por seu turno, hoje vibrava de gente. Concertos de jazz e toda uma série de animações faziam deste lugar, bonito é certo mas um pouco banal, um excelente destino numa tarde de Domingo.
De regresso ao centro de Paris, mais uma subida. A Tour Montparnasse (aquilo que, em Portugal, daria lugar a petições para demolição e que parece encher de orgulho os parisienses), malogrado ser bastante desgradável esteticamente, proporciona uma vista formidável a 360º sobre toda a cidade. Acabou por se tornar um excelente síntese de tudo quanto tenho visto e vivido e funcionado como uma espécie de ponto final naquilo a que podemos chamar visitas organizadas.
Cheira já, de facto, a fim ... mas ainda há 5 dias para viver Paris.

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domingo, julho 12, 2009

Protesto!


Aos senhores responsáveis pelos sistemas de transportes das grandes cidades:

Exmos. Srs.
Gostaria que acabassem com a palhaçada de dizer que em determinada estação do sistema de transporte há correspondência entre a linha x e y quando isso implica uma deslocação superior ao quilómetro entre uma coisa e a outra. Isso é enganar o povo!
Estou fartinho de ir ao engano, convencido que a cena é simples e, depois, ter que andar quilómetros por entre escadas, tapetes e sei lá que mais formas de me incomodarem! Quase que é preciso outro transporte público para ligar as duas plataformas! É que, à escala do quilómetro, tudo tem correspondência com tudo! São Bento tem correspondência com Campanhã, Campanhã com Santa Apolónia e a mítica Coimbra B com Freixo de Espada à Cinta e, se os senhores da nasa estiverem bem dispostos, até Cape Canaveral tem correspondência com Lua quarto-minguante! E ninguém diz isso, pois não?!

Muito obrigado.

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sexta-feira, julho 03, 2009

Rotinas

A vida é feita delas. Gostemos ou não. É por causa delas que o quotidiano flui mais facilmente e é, quase sempre, da sua quebra que resultam os momentos mais intensos das nossas vidas.
Ao fim de um mês em Paris já tenho as minhas rotinas, há coisas que já fazem parte deste pequeno trecho da minha vida. Sosseguem, não vos vou relatar o meu quotidiano. Vou só dar-vos conta de como num mês se pode mudar um sistema de referências cronológicas e geográficas e como, fruto do mero acaso, novas personagens passam a habitar a encruzilhada espaço-temporal em que nos possamos encontrar.
Antes de mais digamos que rotinas são uma série de coisas que nos ultrapassam e que, quase, nos governam. Digo que já tenho novas rotinas fundamentado no facto de, de repente, já ser capaz de dormitar nas carruagens do metro a caminho do hospital, de, nas estações, já seguir caminho de gare em gare, de linha em linha, sem olhar para tabuletas ou sinalética electrónica. Digo rotina quando, sem saber porquê, deito o copo de café fora sempre no mesmo balde do lixo (o penúltimo antes de entrar na estação), quando, na segunda mudança de linha de metro, encontro o mesmo bodybuilder negro ou quando, ao chegar a casa, me cruzo - quase sempre - com a senhora magríssima de feições que apontam para os quarenta e tal anos que corre no parque de fato-treino negro e écharpe cor de rosa (sou bem capaz de a eleger como símbolo deste dois meses!)!
Mais do que qualquer coisa, rotina é quando - e vá alguém entender isto - me pedem para ir trabalhar num Sábado de manhã. Ele há coisas ... rotinas!

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sexta-feira, junho 26, 2009

Coincidências

Há quem diga que as há. Há quem não acredite. Eu, por mim, tanto me faz.
Contudo, hoje, enquanto me permitia a refeição semanal no McDonalds, um toque de telemóvel igual ao primeiro toque que o
telemóvel da VMER fez-me parar a ávida refeição. Por uma fracção de segundo, qual cão pavloviano, fiquei alerta, com aquela sensação adrenérgica que acompanhava
(e acompanha, assumamos, ainda que com outros contornos menos vincados) as primeiras saídas. Nada de especial é certo.
Mas eis que me vejo chegado à residência e, ao procurar o cartão electrónico que me serve de chave na bolsa, olho para o chão onde (fruto dos caprichos do arquitecto) está marcado o número do quarto que me calhou em sorte:

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segunda-feira, junho 22, 2009

É como andar de bicicleta



O tanas é que é! Já não andava há séculos! Fiado no bom ditado e impulsionado pela necessidade de encurtar distâncias (nas grandes cidades, talvez por uma questão de escala arquitectónica, é tudo ao lado mas isso significa ... razoavelmente longe) lá resolvi alugar uma das bicicletas de Paris. Pois é, que desengonçado! Por duas ou três vezes que ia malhando! Primeiro não me entendia com a altura do selim da bicicleta, depois as mudanças que não entravam como devia de ser... Juntem a isto o trânsito de Paris e já estão a ver a aventura!
Não obstante, conheço um considerável número de pessoas que teriam ficado possuidinhas de todo se tivessem passado por onde eu passei este fim-de-semana. Ora vejamos: Hotel Ritz, Gucci, Channel, eu sei lá ... todos! Ah claro e Cartier: je joaillier des Rois, Roi des joailliers! Tudo isto na magnífica Place Vendôme e arredores, com a sua coluna a imitar os Romanos (nem nos impérios à originalidade...). Tanto para dizer sobre a praça... só dois tópicos: numa das casas que a delimita viveu Chopin o Ritz foi um dos últimos sítios onde a sôdona Di foi vista viva...
Palavra final, para que não se iludam os possíveis leitores. Por razões que me poupo a referir, não comprei nada para ninguém.

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quinta-feira, junho 18, 2009

Um americano (e um português) em Paris


No fim-de-semana passado foi tempo de fazer o tradicional passeio de autocarro panorâmico pela cidade. Faço quase sempre. Ajuda-me a seleccionar pontos de visita e a organizar mentalmente a geografia do local. Isto de andar de metro conduz, inexoravelmente, a uma geografia de toupeira certamente útil mas um nada escura. Vi imensas coisas: Paris tem mesmo muito que ver.
No Domingo visitei Les Invalides, uma obra mandada erguer pelo rei Sol para albergar os soldados inválidos e em fim de vida. Neste complexo, chamemos-lhe assim, dominado pelo sumptuoso Dome, podemos encontrar o túmulo de Napoleão, a magnífica Igreja de St. Louis des Invalides e os Musée de L'Armée e D'Histoire Contemporaine Por coincidência, no Musée de L'Armée, estava patente uma excelente exposição sobre as duas grande guerras mundiais. Até um uniforme dum soldado português da 1ª Grande Guerra tinha (não escapou a uma foto comigo, claro está!). A exposição fez, na minha cabeça, a ponte perfeita com o episódio da véspera a bordo do L'Open Tour...
Na verdade não era um americano, eram duas jovens americanas (bem ao estilo cheerleader) e eu. Foi um sem parar de barbaridades por aquelas bocas fora. Toda a viagem aquelas almas loiras falavam de tudo e mais alguma coisa, mostrando-se pouco interessadas nos pontos marcantes da viagem. Por mim, tudo bem. Não me pediram ajuda para o bilhete e concerteza não iam ter que fazer nenhum relatório da visita. Eis se não quando - estava o português todo entusiasmado a ver a estátua que representa a República Francesa, marco civilizacional de inegável importância - as americanas, até então absolutamete alienadas dos encantos de Paris, se levantam feitas malucas e se metem a tirar fotos como se não houvesse amanhã. Foi tal o espalhafato que, por um lado, despertou em mim curiosidade de ver o que se passava no sentido oposto à "Repúplica" e aos seus 3 lemas e, por outro, levou a uma agressão a uma delas por um galho de uma árvore. Como diz o poema, "Fui ver ..." era um McDonalds! Ah ok e um Burger King logo ao lado. Na boa, mas estou certo, que pelo menos, há mais cem...
A humanidade é assim, diversa, estúpida, encantadora. Somos mesmo todos diferentes e todos iguais. Americanos, portugueses, em Paris ou no Bangladesh. Vemos o mundo de maneiras diferentes. Não obstante tudo isso somos capazes de nos unir em torno de ideais comuns. Quando saí da exposição duas coisas não me laragavam o espírito: os números das desgraças e os mapas do desembarque dos aliados na Normandia. Nesses mapas, entre outras, a bandeira dos mesmos americanos que, face à "República", se fascinam com o seu McDonalds...

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segunda-feira, junho 15, 2009

A minha primeira vez!

É isso, do meu canto em Paris, num momento de partilha alimentado pela saudade e sem recorrer a nomes ou locais, abro uma página importante do meu percurso de vida.

Era de noite e eu estava um pouco nervoso. Apesar de cansado não podia dizer que não àquela aventura. A pulsão interior, a necessidade, era maior do que qualquer cansaço ou temor. Ela lá estava, sumptuosa e desafiante como antevira. De início, a inexperiência e o nervosismo miudinho dominavam-me. A sensação de nem sequer ter a certeza que lhe tocava nos sítios certos, naqueles que a fariam arrancar para um rodopio de movimentos. Depois, vê-la a contorcer-se... os movimentos e os sons que me eram vagamente familiares por ter visto na televisão ou ter ouvido descrever a pessoas com suposta experiência na matéria ... Ao meu lado, outro homem, asiático, ainda mais nervoso que eu (não sei se era também a sua primeira vez) parecia não conseguir grande desempenho, o que me enchia de orgulho e tranquilizava para o caso de alguma coisa correr menos bem. Do lado dele o silência, nada. Não foi com pequeno espanto que reagi quando vi o ocasional e fortuito companheiro de aventura virar-lhe costas e deixa-la mais impávida e serena do que a tinha encontrado. Do meu lado, ela mostrava-se pronta para o grande final. O entusiasmo em mim crescia na directa proporção do crescente ritmo dos seus movimentos. Foram 30 minutos plenos de sensações fortes: meia hora, nada mal para uma primeira vez - creio!
Foi assim a minha primeira vez ... com a máquina de lavar roupa.

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